sábado, 27 de agosto de 2011

Vamos ser rebeldes?

Muitas pessoas defendem que em alguns momentos devemos adotar um lado infantil, um lado inocente, em que a forma de encarar a vida seja sem preocupações e de forma simples, o que teoricamente uma criança costuma fazer.


No entanto em muitas ocasiões, esta parte “criança” deverá dar lugar a uma personalidade rebelde, uma personalidade adolescente. Todos passaram pela adolescência, entre das muitas características, podemos observar a capacidade do adolescente, em alguns pelo menos, de tentar descobrir e afirmar sua real personalidade, conseguir que os que estão a sua volta o respeitem como individuo.


Mas com o passar do tempo, e a vinda da vida adulta e suas responsabilidades, acabamos por nos moldar a uma sociedade, nossos gostos e sonhos acabam tendo que ser reformulados para que se adaptem a um padrão já pré-estabelecido.


Poucos são os que conseguem lutar para manter o que são, e realmente admiro pessoas assim. Entretanto outros acabam sendo moldados e recriados. Percebo pessoas que declaram seus gostos e desejos, no entanto o fazem com vergonha ou receio de serem julgados, e quando chegam ao ponto em que a camuflagem não é mais possível, sempre acabam sendo vitimas das famosas frases “Não conhecia este seu lado” ou “O que aconteceu? Você não era assim quando lhe conheci”


Este é o problema, estamos tão preocupados em formar uma imagem que se adapte ao meio em que vivemos que acabamos esquecendo quem realmente somos. E isso também é feito quando queremos agradar alguém, acabamos adotando gostos ou uma postura que não são compatíveis com a nossa essência, e isto acaba sendo perigoso, pois em algum momento o outro perceberá quem somos, e haverá a partir disso julgamentos e cobranças.


É normal mudarmos com o tempo, mas se realmente estivermos sentindo o que declaramos, ou como nos comportamos. É importante ter um equilíbrio com o que somos e o que mostramos, mesmo que este seja um preço alto a se pagar. Não podemos esquecer que quem está a nossa volta, também muda, e quando mudamos por alguém, esta pessoa poderá não se contentar nunca, pois ela também irá mudar, tendo novas expectativas e cobranças. Acabará sendo uma situação sem fim, em que você sempre terá que se adaptar, e ao final descobrirá que viveu em função do outro.


Venho percebendo que ando adotando um lado mais adolescente, mais rebelde, em que não tenho vergonha em assumir meus gostos e defendê-los, tento não me preocupar com o que as pessoas pensam ou com o que elas esperam. Não tenho como saber se elas continuarão na minha vida, e se eu mudar por elas, as próximas exigiram o mesmo de mim, e fazendo isso corro o risco de esquecer quem sou e do que gosto.


É sempre bom mudar, mas quando mudamos por nós e não pelos outros. Adote mais vezes um lado adolescente e rebelde, nunca é tarde para que se faça isso. Tenha consciência que em algum momento esta atitude causará problemas, você poderá perder algo ou alguém, isso é normal. Mas no final quem você é nunca será perdido. 



sábado, 20 de agosto de 2011

Você sabe quem eu sou?

Em diversas situações, assumimos diferentes posturas que são próprias para que nos relacionemos da melhor forma possível com cada pessoa. É normal do ser humano possuir diferentes características em sua personalidade. No entanto muitas destas faces adotadas são falsas, não sendo compatíveis com o comportamento que a pessoa esta mostrando no momento.


Percebi durante a semana esta situação. Pessoas que se diziam simpáticas, extrovertidas ou ainda, com grande capacidade em se relacionar com os outros, enquanto citavam estes comportamentos, mostravam o contrário, sendo egoístas, não respeitando quem as ouvia ou ignorando-as. Assim diziam uma coisa e agiam de outro modo.


O problema da maioria das pessoas é a constante idéia de que devemos sempre ser perfeitos e agradar os outros. Ninguém quer assumir seus defeitos, pois quando os assumimos, corremos o risco de afastar os que estão a nossa volta ou não conquistarmos o que desejamos. E a maioria não consegue aceitar isso, adotando assim uma postura incompatível com quem ela realmente é.


No entanto quando adotamos características falsas, não conseguimos conservá-las por muito tempo, no caso das pessoas em que observei isso acontecendo, elas no mesmo instante desabavam, mostrando sua verdadeira face. Se adotarmos uma postura falsa durante um tempo, quando mostramos quem realmente somos, as pessoas que estão ao nosso redor poderão se afastar do mesmo modo, pois conhecerão um lado que antes foi omitido.


O contrário também esta presente em nossas vidas, muitas vezes depositamos tantas características positivas em alguém, ignorando seus possíveis defeitos, ou acreditando que a pessoa não os tenha, que quando acontece algum problema ou desentendimento, a primeira reação é nos afastarmos.


A ausência de defeitos também nos afeta, os outros acabam colocando tantas expectativas em nós, ignorando que somos humanos com nossas dúvidas e medos, que quando cometemos algum erro, estas pessoas se afastam de nós, não percebendo que também eles podem ter nos frustrado de algum modo. E em vez de um aprendizado entre duas ou mais pessoas, ocorre a perda de qualquer possível entendimento.


Por isso, quando conhecer alguém, não crie expectativas em relação a esta pessoa, conheça quem realmente ela é e não a julgue por suas ações ou falta destas, ela pode ter algum motivo para agir de determinado modo, ou ser um traço de sua personalidade. Se você realmente a valorizar irá entender isso. E nunca esconda quem você realmente é para conquistar algo ou alguém, se os que estão à sua volta não aceitarem isso, não será você que sairá perdendo, pois terá outras ocasiões em que sua verdadeira personalidade será valorizada.  


Venho tentando não criar expectativas em relação aos outros, perceber quem realmente são, e aceitá-los, do contrário não exijo algo que não possuem. É algo complicado a se fazer, um traço da minha personalidade que venho trabalhando. E espero que os outros não criem expectativas a meu respeito, ja aviso com antecedência, não sou perfeita, e só conseguirá ficar ao meu lado as pessoas que reconhecem e valorizam isso.  




sábado, 13 de agosto de 2011

Mea culpa...

Em muitos momentos da nossa vida, passamos por situações em que temos a tendência em colocar a culpa no outro dependendo do resultado obtido. Em postagens anteriores enfatizei que não devemos permitir que a outra pessoa  deposite sua culpa e frustrações em nós, que em muitos momentos o erro não foi nosso, no entanto hoje teremos outro foco. O que acontece quando realmente parte ou toda a culpa é nossa?


Percebo que em alguns momentos da minha vida, tive grande parcela de culpa no desenrolar dos acontecimentos e seus resultados. No entanto estava tão focada no erro dos outros, que os meus próprios foram ignorados. Não sei hoje se o outro de alguma forma errou, ou percebe se errou, mas não importa, pois consegui identificar quais foram meus erros e o que poderia ter sido alterado no momento para que o resultado fosse outro.


Este é o principal ponto de hoje. Em muitos casos depositamos nossas frustrações em outras pessoas, não percebendo que suas atitudes não são em alguns momentos erradas, mas próprias de um individuo. Quando usamos a pessoa como um espelho, ou seja, com expectativas criadas sem nenhuma base, tudo que ela fará será considerado o errado, mas não percebemos que o erro esta sendo o nosso.


Quando assumimos que temos certa parcela de culpa no que aconteceu, percebemos o que podemos mudar e como. Em meu caso percebi que minhas atitudes estavam me acompanhando em todas as ocasiões semelhantes. Seria como um ciclo, em que todo o erro estava se repetindo.


Quando você assume, e percebe isso, impede que no futuro, os mesmos erros e atitudes sejam executados. Percebe como poderia ter agido, e se prepara para não cometer as ações que um dia lhe prejudicaram.


O ato em assumir a culpa, vem acompanhado do medo, e muitas vezes do orgulho, pois assumimos para nós mesmos o que foi feito de errado, no entanto não temos a coragem em assumir perante o outro, prejudicando qualquer possibilidade de reparo.


Comigo é o que ocorre, ao assumir parte da culpa, percebi que tenho comigo o orgulho e o medo, e ainda uma grande dose de desorientação. Em alguns momentos não sei como agir em determinada situação, devido ao medo de assumir meus erros, e também em assumir meus sentimentos, neste último caso tendo presente o orgulho.


Este é o erro da maioria das pessoas, todas estas características juntas acabam prejudicando possíveis resoluções de uma situação, ou pelo menos um melhor entendimento desta.


Hoje vejo o quanto perdi grandes oportunidades com estas atitudes, e espero que se você possui algumas delas veja também. A vida concerteza não lhe dará outras chances, e se elas existem você terá dificuldades em percebê-las devido a todos estes sentimentos negativos. No meu caso se novas chances aparecerem para algumas situações, choverá duendes... E percebo que o momento passa por um período de seca, e parece que continuará assim...


Mas ao assumir seus erros e culpa, e perceber que o orgulho e o medo o acompanham não se martirize por isso, é o que tento fazer. Assumir que errou será o primeiro passo, nem sempre podemos voltar e concertar tudo, no entanto novas coisas virão para nossas vidas, e conseguiremos não repetir o que foi feito.









sábado, 6 de agosto de 2011

Competir X Evoluir

A competição sempre esteve presente na vida do ser - humano, seja para conquistar algo ou alguém. Esta ação sempre fez parte da nossa evolução permitindo que através dela melhorássemos como pessoas ou sociedade. No entanto algumas pessoas acabam acreditando que uma competição exagerada será a única maneira em se conquistar algo ou ganhar o espaço que desejam.


Sempre me considerei uma pessoa competitiva, e em alguns momentos um tanto individualista, mas durante esta semana percebi o quando meu grau destas duas características esta baixo. Nunca tive um contato tão próximo com pessoas em que a competição e o individualismo são as bases para suas vidas.


Não estou generalizando, das pessoas em que tive contato esta semana, e ainda vou continuar tendo, algumas se mostraram com características positivas, e estão fora deste grupo, o que acaba fazendo com que também em alguns momentos sejam vitimas da competição e do individualismo dos outros.


O excesso da competição ligada ao individualismo acaba prejudicando seu relacionamento com o outro, estas ações não lhe permitem a troca de idéias, ou experiências. Tudo isso acaba também levando a criação de preconceitos e criticas em relação a algo ou alguém.


Algumas pessoas estão tão preocupadas em conquistar coisas em sua vida, que não percebem que necessitam em alguns momentos dos outros para que isso ocorra. Já vi casos em que alguém tratou o outro de forma tão preconceituosa, e mais tarde precisou que esta mesma pessoa o ajudasse, ocorreu que o resultado das suas conquistas dependeria naquele momento de quem antes era julgado. E se isto acontecer o resultado poderá ser perigoso...



Isso que acaba sendo o principal problema da sociedade, é normal que não simpatizemos com alguém, não digo que devemos amar e nos dar bem com todos, nossas diferentes personalidades não permitem que isso ocorra em alguns momentos, no entanto quando você não conhece alguém, e já tira suas próprias conclusões, que vieram do seu egoísmo, espírito competitivo e individualismo, então é criado um problema, esta ação é a errada.


Quando conhecer alguém, não permita que estas características que citei interfiram em seu relacionamento. Se isso ocorre você poderá perder grandes oportunidades em trocar informações que poderão ajudá-lo em sua evolução pessoal. É importante que adotemos um pouco de competição e individualismo em nosso cotidiano, mas de forma saudável, a partir do momento em que você percebe que somente isso move sua vida, concerteza você terá um problema no futuro.